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Índice IFIX: entenda o que é e como funciona esse benchmark

Índice IFIX: entenda o que é e como funciona esse benchmark

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O mercado imobiliário é um dos segmentos mais fortes da economia brasileira e consegue despertar interesse em muitos investidores. Nesse sentido, saber o que é o IFIX pode contribuir para você tomar melhores decisões financeiras relacionadas ao setor.

Esse índice é um dos mais relevantes do mercado financeiro brasileiro e pode apresentar dados interessantes sobre a performance de fundos de investimento imobiliário (FIIs). Mas é necessário saber quais são suas características para entender como ele se enquadra em sua estratégia.

Neste artigo você entenderá o que é o IFIX, como funciona esse benchmark e como ele pode contribuir para seus investimentos. Aproveite a leitura!

O que é um benchmark e para que serve? 

Antes de conhecer o IFIX, é oportuno entender o conceito de benchmark. Ele consiste em um indicador capaz de apresentar o desempenho médio de uma carteira teórica. Ela pode ser ampla, refletindo toda a economia, ou específica, com foco em um ativo ou segmento da economia.

O benchmark cumpre uma função importante no mercado financeiro ao demonstrar a performance dessa carteira. Assim, ele contribui para o processo de análise e decisão de um investidor antes de avançar com uma movimentação, por exemplo.

Além disso, benchmarks servem como referência para a performance de diversos fundos de investimentos. Naqueles de gestão ativa, o objetivo é superar o desempenho da carteira teórica. Já nos fundos passivos, a estratégia é alcançar um resultado próximo ao índice.

O que são fundos imobiliários?

Agora que você sabe o que são os benchmarks financeiros, vale conhecer os fundos imobiliários. Trata-se de uma alternativa de investimento que proporciona exposição ao mercado nacional de imóveis.

As cotas desses veículos são negociadas na bolsa de valores do Brasil, a B3. Ademais, os FIIs se dividem em três tipos: tijolo, papel e de fundos (FOFs). Na primeira classificação, o portfólio é composto por empreendimentos físicos, como galpões logísticos e lajes corporativas.

Já os FIIs de papel são aqueles que investem em títulos do setor, como certificados de recebíveis imobiliários (CRIs). Por último, FOFs são veículos que priorizam o investimento em cotas de outros fundos imobiliários. 

Os FIIs podem ser uma oportunidade mais prática para acessar o mercado imobiliário. Afinal, o investimento inicial deles costuma ser mais acessível que a compra de um imóvel. Outra vantagem é que eles devem repassar, pelo menos, 95% do seu lucro líquido aos cotistas semestralmente. 

O que é o IFIX?

IFIX é a sigla para o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários. Esse é um indicador financeiro que mede o desempenho dos FIIs negociados na B3 que atendam aos seus critérios de elegibilidade. A criação desse benchmark aconteceu em 2012.

Além disso, o IFIX é um índice de retorno total. Isso significa que, além de acompanhar os preços das cotas, ele considera o pagamento de dividendos. Dessa maneira, o indicador pode apresentar um panorama dos resultados obtidos pelos fundos imobiliários. 

Como ele funciona? 

O funcionamento do IFIX é similar ao dos demais benchmarks do mercado. Ou seja, existe a determinação dos critérios de elegibilidade que serão levados em consideração para a montagem da sua carteira teórica. 

Para o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários, os critérios de seleção são:

  • ter cotas negociadas a mais de R$ 1;
  • alcançar 95% de presença em pregão nas 3 carteiras anteriores;
  • estar elegível entre os FIIs que, em conjunto e ordem decrescente, representam 95% do somatório total do Índice de Negociabilidade (IN) no período de vigência das 3 últimas carteiras.

Vale destacar que nem todas as cotas selecionadas possuem o mesmo peso no cálculo do IFIX. A ponderação é feita de acordo com o valor de mercado do fundo. Quanto maior ele for, maior será a influência do FII na performance do indicador. Contudo, a B3 estabelece o peso de 20% como o máximo de cada fundo na carteira teórica. 

Ainda, é feito o rebalanceamento da carteira 4 vezes ao ano. Nesses momentos, pode haver a remoção ou adição de novos FIIs, bem como a adequação na participação dos fundos. 

Qual a composição do IFIX? 

Como você viu, a carteira teórica do IFIX pode mudar com o tempo. Afinal, o objetivo dela é mostrar um panorama amplo e atual dos principais fundos imobiliários do mercado brasileiro. Em junho de 2022, por exemplo, o índice era composto por 106 FIIs. 

Entre os fundos mais representativos da carteira, estavam:

  • Kinea Índices Preços (KNIP11);
  • CSHG Logística (HGLG11);
  • Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11);
  • Iridium Recebíveis (IRDM11);
  • Kinea Renda Imobiliária (KNRI11);
  • Capitania Securities II (CPTS11).

Qual a importância de conhecer esse índice?

O investimento em fundos imobiliários costuma chamar a atenção de muitos investidores. Isso porque eles proporcionam exposição ao setor de imóveis e podem ser uma fonte de renda passiva.

Se você tem interesse nesse mercado, conhecer o IFIX é útil para identificar quais são os principais FIIs do mercado. Assim, pode ser mais fácil selecionar fundos para analisar antes de tomar a decisão de investir. 

Além disso, acompanhar esse benchmark é vantajoso para você ter um panorama do mercado de FIIs. Dessa forma, será possível acompanhar as oscilações do setor e até fazer projeções para o futuro.

No entanto, é importante destacar que a participação na carteira teórica não assegura que determinado FII seja um investimento vantajoso. Afinal, esses veículos estão presentes na renda variável e não têm garantias de resultado positivo.

Como investir no IFIX? 

Como você viu, o IFIX é um índice da bolsa de valores brasileira. Dessa maneira, ele não é um ativo que está disponível para negociação. No entanto, existem alternativas de investimentos para acompanhar a performance dele.

Você pode, por exemplo, usar o benchmark como referência para a composição da carteira. Para tanto, basta estruturar seu portfólio com as mesmas cotas presentes na carteira teórica. Entretanto, essa possibilidade pode ser mais custosa — especialmente pelas taxas envolvidas. 

Uma oportunidade mais prática para investir são os exchange traded funds (ETFs). Eles são fundos de investimento negociados na bolsa que replicam a performance de um indicador do mercado. Na B3, o XFIX11 é um ETF que usa o IFIX como benchmark. 

Contudo, antes de avançar com o investimento, lembre-se de avaliar o seu perfil de investidor e seus objetivos financeiros para entender se a alternativa é adequada. Dessa maneira, você poderá fazer um aporte mais estratégico para a carteira. 

Como você acompanhou, entender o que é o IFIX pode ser vantajoso para sua estratégia no mercado de investimentos — desde que se alinhe ao seu perfil e objetivos. Afinal, ele pode servir como referência para sua exposição ao mercado de fundos imobiliários!

Você quer investir com foco no longo prazo? Conheça a estratégia de buy and hold e saiba como usá-la!

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