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Balanceamento de carteira: o que é, quais os tipos e por que é importante fazer?

Balanceamento de carteira: o que é, quais os tipos e por que é importante fazer?

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Começar a investir sem uma estratégia e manter um portfólio linear ao longo do tempo — sempre com os mesmos ativos e produtos financeiros —, pode não ser a melhor decisão para alcançar seus objetivos. Se você quer aumentar as chances de ter sucesso no mercado financeiro, é importante saber como fazer o balanceamento da carteira de investimentos.

Por isso, além de se preocupar em fazer bons investimentos, é preciso saber como equilibrá-los de acordo com as suas necessidades. Ao manter uma atitude proativa na gestão do portfólio, suas escolhas tendem a ser mais adequadas às suas metas pessoais.

Neste conteúdo, você aprenderá o que é, como funciona e qual a importância do balanceamento de carteira. Continue a leitura e entenda!

O que é balanceamento de carteira?

O balanceamento da carteira de investimentos consiste no alinhamento dos ativos e produtos financeiros. Ele visa o equilíbrio do portfólio e deve ser adotado desde o momento de compor a carteira pela primeira vez.

Na prática, a estratégia permite a criação de um portfólio equilibrado, diversificado e alinhado às suas necessidades desde o começo dos aportes. Contudo, é preciso ter em mente que alterações acontecem no mercado financeiro ao longo do tempo — movimentos que tendem a desbalancear a carteira.

Portanto, o processo deve ser realizado periodicamente — o que é conhecido como rebalanceamento de carteira. Logo, o investidor deve atuar de modo a manter a proporção dos investimentos de acordo com suas estratégias ou, ainda, readequá-la às suas novas necessidades, se for o caso.

Imagine que você tem uma carteira composta por ações e títulos de renda fixa. Em momentos de crises financeiras, a bolsa de valores pode ser afetada negativamente, reduzindo o seu patrimônio investido. Como resultado, o percentual de renda fixa na sua carteira se tornaria maior.

Por outro lado, em momentos de crescimento econômico, os investimentos feitos em ativos de renda variável podem passar por valorizações — reduzindo a proporção de renda fixa. Assim, as movimentações do mercado podem afetar a composição da carteira ao longo do tempo.

Para que serve o balanceamento de carteira?

Agora que você sabe o que é o balanceamento de carteira, pode se perguntar para que o processo serve. Essa é uma forma de investir com mais segurança e estabilidade, buscando a realização dos seus objetivos.

Suponha que você definiu uma estratégia de balanceamento em que 20% da sua carteira de investimentos estará alocada em ações e 80% em aplicações de renda fixa, como títulos do Tesouro.

Dessa forma, você tem um direcionamento caso as condições do mercado mudem e você precise rebalancear o portfólio para voltar à definição anterior.

Por que é importante balancear o portfólio?

Como você viu, o balanceamento de carteira consiste em definir qual a porcentagem do seu patrimônio estará em renda fixa e em renda variável. Isso é essencial para que você aproveite as oportunidades do mercado, respeitando o seu nível de tolerância ao risco e os objetivos.

Se você não definir como deve ser feita a distribuição de recursos entre os investimentos, seu portfólio pode se distanciar das suas necessidades. Além disso, a carteira pode deixar de ser vantajosa como você gostaria, apresentando rentabilidade abaixo do esperado ou riscos maiores, por exemplo.

Dessa forma, é preciso fazer o rebalanceamento periódico do portfólio. Ele deve considerar, especialmente, os ciclos de mercado — permitindo que você equilibre os riscos para continuar em busca dos seus objetivos financeiros.

Como o balanceamento é realizado?

Com o que você viu até aqui, foi possível perceber que o balanceamento de carteira é fundamental tanto para quem deseja começar a investir quanto para quem já investe. Então confira algumas dicas para aplicar essa estratégia de maneira adequada:

Defina seu perfil de investidor

O primeiro passo para um balanceamento eficiente é reconhecer sua tolerância ao risco. Para isso, defina o seu perfil de investidor, que pode ser conservador, moderado ou arrojado.

Quanto maior for a sua capacidade de assumir riscos, mais elevada poderá ser a parcela da carteira dedicada à renda variável. Por outro lado, se a sua aversão às perdas é alta, será preciso ter mais capital alocado em renda fixa, por exemplo.

Essa regra geral é bastante utilizada por quem deseja diversificar o portfólio entre as duas classes de investimentos. Do mesmo modo, conhecer seu perfil também servirá como base para fazer os rebalanceamentos futuros.

Também vale ressaltar que o seu perfil de investidor é dinâmico e pode mudar ao longo do tempo. Portanto, considere se houve alguma mudança na sua tolerância ao risco antes de balancear sua carteira.

Estabeleça objetivos financeiros

Outro ponto importante para fazer o balanceamento de carteira é estabelecer seus objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo. Assim, a escolha dos investimentos poderá ajudá-lo a alcançar os resultados desejados.

Se o seu objetivo é construir patrimônio para a aposentadoria, por exemplo, a maior parte do portfólio deve estar direcionada para ativos e produtos financeiros de longo prazo. Porém, se a meta é montar uma reserva de emergência, liquidez e segurança devem ser a prioridade.

Conheça os tipos de balanceamento

Ao aplicar a estratégia, também é preciso conhecer os tipos de balanceamento disponíveis. Existe a possibilidade de balancear com base na rentabilidade, por exemplo. Nesse caso, é possível optar por investimentos mais rentáveis em conjunto com outros mais seguros, a depender do seu perfil.

Outro tipo de balanceamento ocorre observando a liquidez. Dessa forma, a distribuição dos recursos acontece entre alternativas de liquidez diária e com prazos de resgate maiores. Ainda, há o balanceamento que considera os períodos, equilibrando investimentos de curto, médio e longo prazo.

Atualize o balanceamento

Como você aprendeu, o balanceamento do portfólio deve ser feito periodicamente. Isso pode ajudá-lo a mitigar parte dos riscos e a aproveitar determinadas oportunidades do mercado financeiro. Logo, essa pode ser uma forma de alcançar resultados melhores, conforme a sua estratégia.

Para compreender melhor esse processo, considere o exemplo anterior, no qual 20% do seu patrimônio está alocado em ações e 80% em títulos de renda fixa. Em um cenário de alta no mercado, o percentual de ativos de renda variável tende a subir.

Nesse caso, para voltar ao patamar desejado e evitar que o risco aumente, você deve rebalancear a carteira. O processo pode ser feito investindo em mais títulos de renda fixa ou vendendo parte das ações, por exemplo. Assim, você evita ampliar os riscos do seu portfólio.

Com essas informações, você entendeu que o balanceamento de carteira é fundamental para o investidor que deseja investir com mais segurança. Essa etapa também permite potencializar o aumento do seu patrimônio e aproveitar oportunidades pontuais do mercado.

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